{"id":1705,"date":"2021-10-12T23:44:52","date_gmt":"2021-10-12T23:44:52","guid":{"rendered":"https:\/\/www.alexbrunodesign.com\/?p=1705"},"modified":"2021-10-12T23:44:52","modified_gmt":"2021-10-12T23:44:52","slug":"edgar-em-um-papo-sobre-autonomia-humanidade-politica-e-rap","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/strads.com.br\/2021\/10\/12\/edgar-em-um-papo-sobre-autonomia-humanidade-politica-e-rap\/","title":{"rendered":"Edgar em um papo sobre autonomia, humanidade, pol\u00edtica e Rap"},"content":{"rendered":"\n

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Salve fam\u00edlia Straditerra, Gustavo por aqui mais uma vez, e hoje trazendo um papo muito especial com um multiartista que inspira e traz respiro, pra mim, e para toda uma cena cultural atenta \u00e0s suas cria\u00e7\u00f5es materiais e imateriais.<\/p>\n\n\n\n

Diretamente de Guarulhos (SP), o multiartista Nov\u00edssimo – na vis\u00e3o dele, j\u00e1 n\u00e3o mais t\u00e3o novo assim – Edgar, despontou do cen\u00e1rio underground com uma identidade e autonomia muito fortes, criando uma caminhada m\u00faltipla na arte, atrav\u00e9s do som, da moda, do visual, da performance, encontrando em tudo uma grande desculpa pra fazer arte.<\/p>\n\n\n\n

Produzindo a pr\u00f3pria gasolina<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\u201cIdeia de progresso com o funk \u00e9 o que combina<\/em><\/p>\n\n\n\n

Quero ver nossa favela produzindo a pr\u00f3pria gasolina\u201d<\/em> Edgar – Carro de Boy<\/em><\/p>\n\n\n\n

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No seu corre, Edgar sempre demonstrou muita autonomia e identidade em tudo que envolve sua express\u00e3o art\u00edstica, desde seu estilo at\u00e9 a pr\u00f3pria musicalidade. Nesse sentido, para o artista, o caminho que possibilita diferentes quebradas e diferentes artistas a conseguirem criar trabalhos com mais identidade, com a pr\u00f3pria cara, \u00e9 \u201cproduzindo a pr\u00f3pria gasolina\u201d. \u201cQuando a gente come\u00e7a a ser n\u00f3s mesmos os nossos produtores, nossos investidores, empres\u00e1rios, \u00e9 sobre autonomia. A ideia \u00e9 que cada pessoa aut\u00f4noma consegue ser sua pr\u00f3pria abolicionista, <\/strong>ela se livra de algumas amarras\u201d, <\/em>explicou Edgar.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 aquela grande ideia, faz o seu meio, e sai desse meio a\u00ed, t\u00e3o te sugando. Se t\u00e3o te sugando no meio que voc\u00ea est\u00e1, faz o seu meio. \u00c9 a melhor maneira de tentar se desprender de algumas amarras, mas acaba se prendendo em outras algemas. O sistema capitalista \u00e9 bem complexo, mas \u00e9 melhor a gente conseguir vender o nosso produto a um pre\u00e7o que fique 100% conosco, do que a gente fazer uma exporta\u00e7\u00e3o e acabar pagando mais caro pelo que \u00e9 nosso. \u00c9 tipo quando voc\u00ea recebe um edital, precisa emitir nota fiscal, t\u00eam v\u00e1rios descontos a\u00ed, nunca chega o valor inteiro pra ti. Nas produ\u00e7\u00f5es art\u00edsticas, cada pessoa tem a sua maneira de produzir, isso que eu t\u00f4 falando na quest\u00e3o da gasolina naquele contexto, \u00e9 sobre uma autonomia no mercado de trabalho, enfim. Quando a sua arte chega num mercado art\u00edstico que tem bastante dinheiro envolvido, quando sua m\u00fasica chega no mercado fonogr\u00e1fico, quando sua arte chega nas galerias, quando o gelinho que sua m\u00e3e faz chega no cara que vai comprar no farol, quando chega nesse ponto estrat\u00e9gico, sim, n\u00f3s mesmos que estamos sendo os frentistas dos postos de gasolina que idealizamos\u201d.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Ainda com autonomia, com uma identidade estabelecida, e produzindo a pr\u00f3pria gasolina, Edgar reconhece o peso das diversas formas de censura no seu trabalho ao longo da sua trajet\u00f3ria. \u201cEu acho que era mais livre a minha express\u00e3o h\u00e1 uns seis, sete anos atr\u00e1s. Desde ent\u00e3o, al\u00e9m do autoboicote, da autocr\u00edtica violenta que nos colocamos, tem a influ\u00eancia de outras cabe\u00e7as, outras pessoas, lugares de fala. Nem tudo \u00e9 censura, mas algumas coisas precisam ser lapidadas, melhor ditas, para n\u00e3o serem distorcidas e confundidas\u201d<\/em>, explicou.<\/p>\n\n\n\n

\u201cAlgumas coisas n\u00e3o precisam de explica\u00e7\u00f5es, s\u00e3o auto-explicativas. A censura, pra mim, quando acontece, \u00e9 quando alguma coisa ainda n\u00e3o est\u00e1 expl\u00edcita, quando algo t\u00e1 confuso rola censura, por parte de editora, gravadora, produtora, at\u00e9 marca, depende da rela\u00e7\u00e3o do projeto. Mas a censura existe, sempre existiu e vai continuar existindo, por isso que eu tento provocar e usar o m\u00e1ximo da pequena liberdade de express\u00e3o que eu ainda tenho<\/strong>\u201d,<\/em> disse Edgar.<\/p>\n\n\n\n

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Edgar: Multi Artista<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Com uma arte que n\u00e3o se taxa e n\u00e3o se limita, Edgar tem \u00f3timos trabalhos audiovisuais, uma identidade \u00fanica na cena musical, express\u00f5es fortes atrav\u00e9s da moda e da cria\u00e7\u00e3o material e imaterial. Reutilizando criativamente os seus trabalhos em diferentes plataformas – o que tamb\u00e9m parte de uma necessidade de fazer o pr\u00f3prio corre virar de forma independente – Edgar v\u00ea a atua\u00e7\u00e3o de multi artistas como uma tend\u00eancia para os nomes independentes. \u201cEu acho que vira uma tend\u00eancia e a problematiza\u00e7\u00e3o em cima disso \u00e9 quando jovens artistas, ou velhas marcas, percebem essa tend\u00eancia e me colocam num lugar de refer\u00eancia, e a\u00ed ou eu n\u00e3o recebo cr\u00e9ditos, ou eu n\u00e3o sou chamado pra trabalhar, porque eu t\u00f4 s\u00f3 no tratamento do projeto, minha foto t\u00e1 s\u00f3 na apresenta\u00e7\u00e3o e n\u00e3o na execu\u00e7\u00e3o do projeto\u201d,<\/em> afirma Edgar.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu acho fant\u00e1stica a maneira que eu consigo estar at\u00e9 na apresenta\u00e7\u00e3o do projeto de um outro artista, fazendo a minha arte. Mas seria ainda mais incr\u00edvel se esse artista tivesse entrado em contato comigo e falado: \u201cCara, vamos fazer juntos. Vamo trampa, t\u00f4 com uma ideia aqui e tem tudo a ver. J\u00e1 vi que voc\u00ea faz umas paradas assim, vamos dialogar\u201d. Eu acho que isso ficou muito perdido na tropic\u00e1lia art\u00edstica, porque antes tinham compositores, m\u00fasicos, cantores, eles se juntavam e faziam um trabalho magn\u00edfico. Hoje em dia um compositor de voz horr\u00edvel tenta fazer qualquer coisa, tocando mal um viol\u00e3o, e vice-versa e a\u00ed saem as coisas que acabam saindo. N\u00e3o estou dizendo que s\u00e3o ruins ou boas, mas n\u00e3o tem uma coletividade\u201d.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Arte \u00e9 necessidade, arte \u00e9 pol\u00edtica<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Para Edgar, n\u00e3o existe palavra melhor para descrever a sua rela\u00e7\u00e3o com a arte do que “necessidade”. \u201cEu fa\u00e7o porque eu necessito fazer. Existe uma necessidade dentro de mim gritante que n\u00e3o me deixa dormir, me faz acordar cedo e eu tenho que criar, tirar da minha cabe\u00e7a, sejam os personagens, roteiros, as ideias, as hist\u00f3rias que vem, as m\u00fasicas, as cr\u00edticas tamb\u00e9m, at\u00e9 cozinhar e fazer v\u00eddeo de cozinha, tudo isso \u00e9 uma necessidade de expressar, de tirar pra fora, de se comunicar\u201d<\/em>, explicou.<\/p>\n\n\n\n

\u201cMinhas artes n\u00e3o s\u00e3o perguntas em busca de respostas, s\u00e3o bastante ret\u00f3ricas na verdade, elas nem tem respostas, s\u00e3o indaga\u00e7\u00f5es, filosofias, ent\u00e3o tem que t\u00e1 sendo colocado pra fora. Elas nascem de uma necessidade, todo tipo de arte que eu fa\u00e7a, seja na moda, seja na m\u00fasica, na arte contempor\u00e2nea, na performance, o impacto que vai ter no p\u00fablico \u00e9 consequ\u00eancia do impacto que teve em mim<\/strong>\u201d.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Nas m\u00fasicas, na cozinha, nas falas e no trampo em geral de Edgar, pautas como agricultura org\u00e2nica, valoriza\u00e7\u00e3o e defesa aos povos origin\u00e1rios, \u00e0 causa ind\u00edgena, o contato e a rela\u00e7\u00e3o vital com a natureza, sempre estiveram presentes naturalmente. Aplicando a arte em sua fun\u00e7\u00e3o pol\u00edtica, e subvertendo diferentes conte\u00fados e m\u00eddias, Edgar torna poss\u00edvel um debate pol\u00edtico sem toda a histeria e o obscurantismo que envolvem esses temas atualmente. \u201cEu creio que a arte \u00e9 o melhor meio pra poder conseguir falar sobre pol\u00edtica sem ficar uma coisa enfadonha, as pessoas conseguirem se divertir tamb\u00e9m, como o pr\u00f3prio humor tem esse poder de ensinar fazendo as pessoas rirem, at\u00e9 de fatos tr\u00e1gicos. Ent\u00e3o eu acho que a arte consegue ser um baita mestre nisso a\u00ed\u201d<\/em>, disse.d<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu e outras pessoas conseguimos tratar desses temas t\u00e3o delicados e obscurecidos, trazendo essa flexibilidade na fala, na m\u00fasica, no visual. A subjetividade \u00e0s vezes n\u00e3o \u00e9 dizer \u00e9 escrever, n\u00e3o \u00e9 vestir \u00e9 pendurar, essas coisas minuciosas, esses pequenos detalhes, fazem grande diferen\u00e7a nessas comunica\u00e7\u00f5es. Mas eu acredito nessas diferentes m\u00eddias, e em quebrar essas m\u00eddias tamb\u00e9m, ser iconoclasta, usar elas a favor de derrubar elas, n\u00e3o transformar em um imp\u00e9rio<\/strong>\u201d.<\/em><\/p>\n\n\n\n

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Humanidade: uma distopia<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Tomando a arte em seu car\u00e1ter pol\u00edtico, questionei Edgar sobre a cren\u00e7a dele, em um futuro menos dist\u00f3pico para a humanidade. Um futuro com uma sociedade realmente se mobilizando pelo meio ambiente e se voltando para uma liga\u00e7\u00e3o maior e mais honesta com a natureza, para al\u00e9m de uma mobiliza\u00e7\u00e3o pontual e simplista que atenda \u00e0s vontades capitalistas. \u201cParece meio fantasioso mas eu s\u00f3 consigo acreditar num futuro menos dist\u00f3pico pra humanidade, quando eu consigo novamente acreditar em uma for\u00e7a alien\u00edgena, que vai invadir o planeta Terra, com um pensamento dual de separar o bem do mal, e levar o mal consigo ou extermin\u00e1-lo\u201d<\/em>, contou Edgar.<\/p>\n\n\n\n

\u201cSe a ONU n\u00e3o interv\u00e9m em pa\u00edses que est\u00e3o em guerra, n\u00f3s mesmos n\u00e3o intervimos, vai ter que esperar uma nova intelig\u00eancia fora da Terra vir a intervir. Ent\u00e3o eu acho meio complexo, e cai num lugar de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, onde algumas pessoas v\u00e3o querer ridicularizar, e outras s\u00f3 v\u00e3o acreditar que os humanos v\u00e3o conseguir viver bem com a natureza quando Jesus Cristo voltar. Ent\u00e3o \u00e9 um lugar muito delicado, eu n\u00e3o sei do futuro e nesse momento nem arrisco falar sobre ele, mas se voc\u00ea prestar bastante aten\u00e7\u00e3o no presente, t\u00e1 tudo bem debaixo do nosso nariz<\/strong>\u201d.<\/em><\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n

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Rock, Samba, Rap\u2026 dane-se o ritmo<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Em entrevistas de 2016 Edgar dizia ser desligado do pr\u00f3prio Rap, e do que estava acontecendo na cena do Rap nacional. Em 2017 o artista assume novos compromissos e uma nova seriedade na sua rela\u00e7\u00e3o com a m\u00fasica e com as suas pr\u00f3prias produ\u00e7\u00f5es, mas o contato com a cena segue at\u00e9 hoje um car\u00e1ter distante. \u201cMeu contato com o Rap nacional atualmente, as pessoas que eu converso s\u00e3o alguns integrantes do Projetonave, o Aquiles principalmente, Black Alien, Bia Doxum, T\u00e1ssia Reis. Converso mais com Kiko Dinucci, Ju\u00e7ara Mar\u00e7al, Anelis Assump\u00e7\u00e3o, C\u00e9u, Z\u00e9 Nigro, essa galera do que com a galera do Rap em si. Eu at\u00e9 vou nos rol\u00eas, colo nas batalhas, mas n\u00e3o sou t\u00e3o inserido, parece. \u00c9 engra\u00e7ado, eu fa\u00e7o Rap at\u00e9 hoje, solto os Rap uma galera vem, me manda foto, \u00e1udio, v\u00eddeo falando: \u201cCarai n\u00e3o vejo a hora de voc\u00ea soltar um CDz\u00e3o de Rap. Esse da\u00ed t\u00e1 foda, esse CD novo a\u00ed Ultrassom, parab\u00e9ns. Mas mano quando voc\u00ea vir com um CD de Rap com essas ideias a\u00ed\u201d. Eu falo: \u201cCarai truta, que que t\u00e1 acontecendo?\u201d<\/em>, disse Edgar.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEnt\u00e3o as nomenclaturas, as coisas, estamos vivendo um momento de anomia, os nomes n\u00e3o importam mais, dane-se, ent\u00e3o eu fa\u00e7o o que eu quero, o que me deixa feliz. Se as pessoas v\u00e3o achar que \u00e9 m\u00fasica eletr\u00f4nica, se \u00e9 Rock, se \u00e9 Samba, se \u00e9 Rap, elas que fa\u00e7am terapia, eu t\u00f4 bem resolvido, fazendo um desabafo musicalizado, dane-se o ritmo<\/strong>\u201d.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Desabafos e a inspira\u00e7\u00e3o instrumental<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Para 2021, Edgar est\u00e1 preparando o seu novo \u00e1lbum \u201cUltraleve\u201d, que j\u00e1 conta com o single lan\u00e7ado \u201cTamb\u00e9m Quero Divers\u00e3o\u201d e outros desabafos. \u201cO desabafo de Ultraleve vai vir legal, mais carism\u00e1tico. Eu t\u00f4 envelhecendo, t\u00f4 com 27 anos, tem faixas do Ultraleve que eu escrevi em 2016, outras eu escrevi no meio da quarentena, ent\u00e3o \u00e9 uma mescla de Edgar muito difusa, t\u00e1 um processo bem legal\u201d<\/em>, disse Edgar.<\/p>\n\n\n\n

\u201cBasicamente falando, os desabafos permeiam os alicerces da m\u00fasica brasileira, da estrutura heteronormativa, patriarcal, mis\u00f3gina e fascista. As tr\u00eas pilastras: a B\u00edblia, o Boi e a Bala, a bancada evang\u00e9lica, o agroneg\u00f3cio e a bancada militar, em cima desses tr\u00eas poderes eu vou fazendo alguns desabafos<\/strong>\u201d.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Pra fechar o papo pedi ao Edgar para compartilhar os sons que est\u00e3o batendo forte nos fones dele. \u201cMeu irm\u00e3o eu escuto pouca m\u00fasica, \u00e9 doido isso n\u00e9? \u00c9 engra\u00e7ado, acho que ningu\u00e9m vai entender isso. Mas as m\u00fasicas que eu escuto s\u00e3o repetidas, musicalmente eu vivo num looping. Praticamente 2019 e 2020 eu passei escutando as bases do Ultraleve at\u00e9 surgir as letras, e at\u00e9 agora eu t\u00f4 escutando pra decorar e ensaiar, ent\u00e3o eu me escuto bastante querendo ou n\u00e3o, mas n\u00e3o por um ego, por um processo criativo mesmo\u201d,<\/em> contou Edgar.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu escuto bastante sem a voz, escuto bastante m\u00fasica instrumental, prefiro m\u00fasica instrumental. Pra voc\u00ea ter uma ideia eu coloco tipo \u201cHang Drum\u201d no YouTube e deixo l\u00e1 tr\u00eas horas tocando, barulho de chuva, cuencos tibetanos, flautas ind\u00edgenas, ent\u00e3o \u00e9 uma coisa muito engra\u00e7ada o meu jeito de escutar m\u00fasica. A galera que vai l\u00e1 em casa fala: \u201cMano, sua casa parece um consult\u00f3rio, bota um Trap a\u00ed\u201d. E n\u00e3o tem, \u00e0s vezes, eu ponho, rola de estar no carro de um amigo e coloca um Dub, essas coisas novas que chegam, que eu ou\u00e7o de tabela, tipo A$AP Rocky, FKA Twigs, acho massa mas eu n\u00e3o entendo muito bem, ent\u00e3o eu vou de outras coisas, gosto mais de m\u00fasica instrumental\u201d<\/em>, concluiu Edgar.<\/p>\n\n\n\n

Satisfa\u00e7\u00e3o enorme ao Edgar por esse papo firmeza! Acompanhem o multi artista nas suas redes sociais, e ou\u00e7am seus trabalhos dispon\u00edveis em todas as plataformas de Streaming<\/p>\n\n\n\n

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