{"id":1701,"date":"2021-10-12T23:39:03","date_gmt":"2021-10-12T23:39:03","guid":{"rendered":"https:\/\/www.alexbrunodesign.com\/?p=1701"},"modified":"2021-10-12T23:39:03","modified_gmt":"2021-10-12T23:39:03","slug":"mahgo-a-cara-e-a-voz-do-rapper-que-vem-da-terra-do-milton-nascimento","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/strads.com.br\/2021\/10\/12\/mahgo-a-cara-e-a-voz-do-rapper-que-vem-da-terra-do-milton-nascimento\/","title":{"rendered":"Mahgo: a cara e a voz do rapper que vem da terra do Milton Nascimento"},"content":{"rendered":"\n
por Gustavo Silva<\/em><\/strong><\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n Salve, rapa! Gustavo por aqui trazendo mais uma entrevista para todos voc\u00eas que acompanham, apoiam e amam a cena do rap regional. O nome da vez \u00e9 um MC foda de Tr\u00eas Pontas: o mano Mahgo<\/strong>!<\/p>\n\n\n\n Com um repert\u00f3rio de puro suco do trap, com muitas influ\u00eancias do funk, em v\u00e1rios sons lan\u00e7ados no YouTube, com faixas que completam o \u00e1lbum ainda a ser lan\u00e7ado MCMXCVIII<\/strong>, Mahgo traz na voz e na caneta a carga de ser exemplo pra uma quebrada com a qual ele divide o sonho e a miss\u00e3o de fazer muito mais do que dinheiro.<\/p>\n\n\n\n Troquei uma ideia com o Mahgo, sobre seu trampo, sua quebrada, seu repert\u00f3rio musical, projetos, sonhos e a arte que esse MC carrega com cr\u00edticas sociais, viv\u00eancias e muita revolta, de quem se alimenta todo dia da vontade de vencer.<\/p>\n\n\n\n Straditerra: <\/em><\/strong>Pra come\u00e7ar mano, eu queria que voc\u00ea falasse um pouco sobre os seus primeiros contatos e sua rela\u00e7\u00e3o com a m\u00fasica. Como voc\u00ea entrou nesse universo da arte at\u00e9 come\u00e7ar a produzir rap?<\/em><\/p>\n\n\n\n Mahgo:<\/em><\/strong> Primeiramente, quero agradecer a voc\u00eas da Straditerra<\/strong>, o Spuri<\/strong> por essa oportunidade de trocar uma ideia e de possibilitar que o p\u00fablico me conhe\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n Boa parte da minha fam\u00edlia paterna \u00e9 crist\u00e3 e alguns primos s\u00e3o m\u00fasicos. Cresci vendo aquele ambiente, era lindo o coral, o grupo de jovens, v\u00e1rios instrumentistas e assim foi surgindo a vontade de conhecer e aprender mais sobre m\u00fasica.<\/p>\n\n\n\n Meu primeiro contato com o rap foi aos 4 anos de idade. Eu sempre morei em periferia e em frente \u00e0 minha casa tinha vizinhos que ouviam muito Fac\u00e7\u00e3o Central<\/strong>, Racionais<\/strong> e muito rap gringo. Lembro das roupas que vestiam, do modo de falar e andar, bem no estilo dos rapper dos anos 90. E lembro que em todos os fins de semana, esses vizinhos colocavam caixas de som na cal\u00e7ada e rodavam algumas fitas pra tocar.<\/p>\n\n\n\n Era muito rap antigo, muito hip-hop dos EUA e Fran\u00e7a. Falo de 2002 at\u00e9 2007, onde foi o per\u00edodo mais impactante pra mim. Meu pai n\u00e3o deixava a gente ir na rua quando esses vizinhos estavam l\u00e1 com o som ligado. Eu sempre espiava por uma fresta que tinha no port\u00e3o e ficava horas l\u00e1 curtindo o som.<\/p>\n\n\n\n A partir de 2007 comecei a interagir mais com minha fam\u00edlia materna e ter mais contato com o Funk<\/strong>. Minha fam\u00edlia sempre foi f\u00e3 de R&B<\/strong> e isso me marcou muito e contribuiu pra musicalidade que tenho hoje. Aos 9 anos de idade comecei a cantar na igreja e fiquei ali at\u00e9 os 12. Quando vi que minhas ideias n\u00e3o eram as mesmas eu sa\u00ed, virei MC de Funk<\/strong> por algum tempo e logo depois montei um grupo musical com dois colegas de escola.<\/p>\n\n\n\n Quando fiz parte desse grupo, toquei muito MPB, Reggae<\/strong> e at\u00e9 Sertanejo<\/strong>. Mas minha paix\u00e3o pelo rap sempre falava alto e eu sempre encaixava algumas m\u00fasicas no nosso repert\u00f3rio. Nessa \u00e9poca ouv\u00edamos muito Criolo, Black Alien, Filipe Ret, Na\u00e7\u00e3o Zumbi e Planet Hemp<\/strong>.<\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n