{"id":1690,"date":"2021-10-12T23:36:14","date_gmt":"2021-10-12T23:36:14","guid":{"rendered":"https:\/\/www.alexbrunodesign.com\/?p=1690"},"modified":"2021-10-12T23:36:14","modified_gmt":"2021-10-12T23:36:14","slug":"conheca-a-potencia-da-skatista-cantora-e-beatmaker-janvi","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/strads.com.br\/2021\/10\/12\/conheca-a-potencia-da-skatista-cantora-e-beatmaker-janvi\/","title":{"rendered":"Conhe\u00e7a a pot\u00eancia da skatista, cantora e beatmaker Janvi"},"content":{"rendered":"\n

por Gustavo Silva<\/em><\/strong><\/p>\n\n\n\n

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Salve salve, Gustavo<\/strong> de novo por aqui! E dessa vez eu chego pra destacar o corre de uma mina nascida nos limites do Brasil, Argentina e Paraguai e filha de pai indiano. Artista independente, compositora, cantora, beatmaker e skatista <\/strong>integrante do coletivo Britney\u2019s Crew<\/strong>, hoje \u00e9 dia de conhecer a correria da Janvi<\/u><\/strong><\/a>.<\/p>\n\n\n\n

O nome de origem indiana, que significa cheia de vida<\/strong><\/em>,<\/strong> remete \u00e0 nacionalidade da fam\u00edlia do pai, que com 22 anos se mudou para o Brasil. Nascida em Foz do Igua\u00e7u no Paran\u00e1, Janvi<\/strong> sempre foi uma crian\u00e7a muito art\u00edstica, que gostava de fazer coreografias, escrever, escutar m\u00fasica.<\/p>\n\n\n\n

\u201cNessa parte o meu pai trouxe v\u00e1rias refer\u00eancias pra mim como o jazz, al\u00e9m das cole\u00e7\u00f5es de CD e de conversas dele, que sempre apresentava influ\u00eancias externas que eu talvez n\u00e3o conheceria sozinha. Ele tem uma paix\u00e3o pela m\u00fasica bem grande<\/em>\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Incentivada pelo pai desde cedo a escrever, ela j\u00e1 traduzia seus pensamentos em belas palavras e lan\u00e7ava poesias em um blog aos 10 anos. O gosto pela escrita dividia espa\u00e7o com o amor pela m\u00fasica.<\/p>\n\n\n\n

\u201cDesde pequena eu cantava na igreja evang\u00e9lica. Com oito anos de idade eu tava l\u00e1 cantando com o playback da Cassiane e de v\u00e1rias outras cantoras gospel<\/em>\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Tudo isso foi levando Janvi<\/strong> pra um caminho onde ela se encontrou: o skate, as refer\u00eancias do pai, a escrita.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTudo isso foi formando a minha identidade e eu fui buscando cada vez mais esse caminho<\/em>\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Trocando poesias e letras de m\u00fasicas autorais com amigos que faziam parte de grupos de rap em Foz, como o Gustavo Dz<\/strong> e o Frasson<\/strong>, Janvi<\/strong> ainda n\u00e3o via o Hip Hop como um espa\u00e7o aberto e poss\u00edvel para ela.<\/p>\n\n\n\n

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\u201cNaquela \u00e9poca, eu devia ter uns 16, 17 anos, eu ainda n\u00e3o tinha a vis\u00e3o de que eu tamb\u00e9m podia fazer aquilo e viver daquilo, enquanto aqueles meninos sabiam desde pequenos que era algo que eles poderiam fazer. Ent\u00e3o o machismo e outras v\u00e1rias inseguran\u00e7as que surgem para n\u00f3s como mulher, fazem a gente acreditar em n\u00f3s mesmas s\u00f3 depois de muito tempo\u201d<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 escrevendo e cantando seus trabalhos, Janvi<\/strong> se aproximou da cena e conheceu mais de perto a produ\u00e7\u00e3o musical, produ\u00e7\u00e3o de beat e conviveu muito tempo com os produtores que colavam pra fechar parceria.<\/p>\n\n\n\n

\u201cNesse momento eu vi de perto e entendi que meus trabalhos n\u00e3o estavam conseguindo ser finalizados porque dependiam sempre de um homem, ou de alguma outra coisa para eu conseguir lan\u00e7ar meus trampos. Ent\u00e3o eu fui estudando, tentando guardar um dinheiro, pra eu conseguir ter essa independ\u00eancia e foi a partir da\u00ed que eu comecei a emergir na produ\u00e7\u00e3o, j\u00e1 em 2018<\/em>\u201d.<\/p>\n\n\n\n

A origem indiana e brasileira, carregada de diferentes refer\u00eancias culturais e geogr\u00e1ficas, influenciam diretamente no processo de cria\u00e7\u00e3o tanto musical quanto escrito da Janvi<\/strong>, que traz um repert\u00f3rio rico de influ\u00eancias.<\/p>\n\n\n\n

\u201cNovamente, o meu pai, sempre fez quest\u00e3o de me trazer v\u00e1rias influ\u00eancias maneiras de espiritualidade, de questionamento sobre o universo, sobre o mundo, sobre o ego. Toda essa quest\u00e3o cultural da espiritualidade que vem da origem indiana do meu pai, \u00e9 um lado que est\u00e1 muito presente na minha escrita e nas minhas ideias<\/em>\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Pra al\u00e9m disso, a origem indiana trouxe para Janvi<\/strong> influ\u00eancias pra refletir sobre quest\u00f5es como o machismo.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu tive a oportunidade de conhecer os meus av\u00f3s na \u00cdndia, e a gente pode perceber que, assim como o Brasil, \u00e9 um pa\u00eds com estruturas muito machistas. Isso me motiva a falar sobre essa quest\u00e3o de ser mulher, de ser uma mulher de cor, e lidar com as consequ\u00eancias do racismo no Brasil, e em todo lugar<\/em>\u201d.<\/p>\n\n\n\n

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Ainda que com um pai indiano, as maiores refer\u00eancias musicais que Janvi<\/strong> recebeu s\u00e3o de obras e artistas brasileiros, que garantem a ela um repert\u00f3rio de diversos trabalhos lan\u00e7ados como poetisa, cantora e beatmaker. E em 2020, numa parceria com o Honorato<\/u><\/strong><\/a>, Janvi <\/strong>lan\u00e7ou o seu primeiro single, Sonic Humano<\/u><\/strong><\/a>.<\/p>\n\n\n\n